Inaugurada há 11 anos como parte do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), a estação de tratamento de esgoto de Sarapuí, na Baixada Fluminense, só começará a operar em plena capacidade este mês. Durante anos, a estação era quase uma instalação fantasma devido a um detalhe: a rede que deveria captar o esgoto das residências de municípios da Baixada ficou quase toda no papel e havia poucos dejetos para tratar.
— Em algumas ocasiões não havia esgoto algum para ser tratado. Nós tínhamos que retirar água do rio para manter a estação em funcionamento e evitar que os equipamentos acabassem danificados por falta de uso — contou o genrente de Tratamento de Esgotos da Cedae, Miguel Cunha.
A estação será reinaugurada oficialmente no próximo dia 18 com a participação do presidente da Autoridade Público Olímpica (APO), Márcio Fortes. O presidente da Cedae, Wagner Victer, lembrou que a conclusão da obra faz parte de uma das promessas da candidatura do Rio aos Jogos Olímpicos de 2016. O legado olímpico prevê para o ano das Olimpíadas uma redução de 80% no volume de esgoto despejado na Baía de Guanabara e nas lagoas de Barra e Jacarepaguá.
A conclusão da instalação dos troncos coletores de esgoto custou R$ 200 milhões à Cedae. Os recursos vieram do Fundo de Conservação Ambiental (Fecam). A estação de Sarapuí receberá esgoto de 800 mil moradores dos municípios de Belford Roxo, São João de Meriti, Mesquita, Nilópolis e Nova Iguaçu. Após o tratamento de esgoto, a água tratada na estação será reaproveitada na limpeza da própria estação.